“Este livro tem três partes: aborda os erros mais comuns dos profissionais de marketing, o motivo pelo qual estamos tão cegos e cometemos tantos erros e os dez melhores princípios para abrir os olhos e inovar sem falhar tanto.” - segunda orelha de página
A leitura deste livro foi incentivada na disciplina de Atendimento em PP do meu Curso de PP na Unisinos.
A seguir, estão registradas as principais anotações realizadas durante a leitura, bem como os grifos realizados das páginas.
01 – Eu era o mais cego de todos, mas cansei de adivinhar!
Neste capítulo o autor reconhece a sua “cegueira” e, no decorrer do livro, comprova que aceitar isso é o primeiro passo para abrir os olhos e seguir pesquisando, sentindo e aprendendo.
“Sinto-me privilegiado por ter a capacidade e a sensibilidade de ler e interpretar os comportamentos e as emoções das pessoas. E hoje esse conhecimento é uma técnica comprovada, que sinto a necessidade de compartilhar com a maior quantidade de pessoas possível.” P. 24
“Não é tão fácil expressar o que se quer, ou acredita; a conexão efetiva é comunicar o que queremos escutar: é nesse ponto que se fundamenta todo este processo.” P. 25
“O resultado final da comunicação e da publicidade [...], está no conhecimento profundo do consumidor para poder oferecer aquilo que ele está procurando, embora ele próprio não saiba muito bem o que quer.” P. 25
O autor acredita muito em sua intuição e também na de seus colegas de profissão, porém, buscou aprimorar seus conhecimentos e pesquisas para criar um modelo científico, possibilitando o compartilhamento das informações e monitoramento de resultados. Contou com a colaboração de mais de 300 profissionais de oito países, de três ciências sociais e uma biológica.
“A maneira de se fazer uma campanha publicitária de comunicação de uma grande marca é muito similar à de 10 ou 20 anos atrás”. P 33
“Quando o ser humano interage com a sociedade, suas tribos, seus medos e suas exigências sociais fazem com que mude radicalmente suas percepções, respostas e significados das coisas.” P. 34
“É por essa razão que decidimos introduzir no método os conhecimentos sociológicos, para interpretar que toda tomada de decisão tem grande influência social.” P. 34
“Foi na biologia e na etologia que encontramos grandes explicações para grandes hipóteses, nos tornamos fanáticos por leituras biológicas, sobre as condutas subconscientes.” P. 35
“Por fim, descobrimos as neurociências, que nos mostram como funcionam o cérebro e a mente, como o cérebro assimila, interpreta e reage a estímulos, e por que somos tão parecidos neurologicamente mesmo com tanas diferenças entre uma cultura e outra.” P. 36
“O método foi criado com a habilidade e a sensibilidade de reunir diferentes técnicas, ciências e modelos para poder interpretar o motivo subconsciente-inconsciente da conexão produto-emoção: o mistério de por que existem coisas com as quais as pessoas se conectam, e outras não.” P. 36
“O dr. Gerald Zaltman, da Universidade Harvard, nos ensina como a mente humana processa e como ela reage diante de metáforas. A mente não pensar em palavras, e sim em metáforas, e, à medida que pudermos obter informação para em seguida criar uma metáfora, o cérebro será estimulado positivamente diante da mensagem.” P. 39
“A verdadeira conexão está na mistura do comportamento biológico com a cultura”. 41
Para concluir esse capítulo, o autor reflete sobre como devemos ser conscientes de que as culturas regem as sociedades. Orientando comportamentos que aqui possuem um significado, mas que em outro povo é totalmente diferente. Mais adiante, Klaric retorna ao assunto dos códigos culturais.
No segundo capítulo do livro, o autor cita algumas provas da cegueira dos profissionais da área. Inicia com o dado de um estudo realizado nos Estados Unidos que afirma que os setores com mais rotatividade no mercado é o de marketing. Cerca de 18 meses é o tempo médio de duração de permanência em um emprego.
“A inovação falha por vários motivos, mas para mim o mais relevante é a falta de compreensão de quem é o consumidor – o que atemoriza todos os empresários que decidem investir em inovação, levando-os, muitas vezes, a não arriscar e não inovar.” P. 47
O caso da Kodak é exposto nas páginas 49 e 5 provando que o impasse em inovar e em posicionar-se no mercado, causa perda de tempo, perda de mercado e perda da impressão da marca. Outros interessantes exemplos também são descritos até a página 62.
“Em um momento, chegaram a um impasse: deveriam apostar na era digital ou analógica? Ou esperar que a analógica morrer para ativar a digital? Essa cegueira e indecisão fizeram com que entrassem sem força na era digital, e dois ou três anos mais tarde do que deveriam tê-lo feito. Esse processo se deu pela falta de sensibilidade com o consumidor, e por não saber o que as pessoas buscavam. Não tiveram a capacidade de enxergar, o que resultou na redução das vendas a uma porcentagem mínima.” P. 49
Sobre o caso American Airlines:
“O foco em baixar custos constantemente sem conhecer o consumidor, ou entender suas necessidades reais ocultas, provoca cegueira e faz com que a marca se desconecte.” P. 55
Sobre o caso Tropicana, que resolveu mudar sua embalagem:
As pessoas certamente diziam que comprariam o produto, mas no inconsciente havia outra resposta, distinta.
A Pepsi se equivocou muito por não entender como funciona a mente do consumidor. Criou o famoso desafio Pepsi, com o qual gastou alguns bilhões de dólares. A intenção era mostrar ao mundo que a Pepsi era mais gostosa que a Coca-Cola. Pensavam que isso aumentaria as vendas. Mas a companhia não atingiu os resultados esperados.
Se esse investimento tivesse sido direcionado em entender por que a Coca-Cola se conecta tanto com o consumidor, para muito além do sabor do produto, poderiam ter alcançado muito mais sucesso com sua política de concorrência.” P. 56-57
Para concluir esse capítulo, o autor reflete sobre como devemos ser conscientes de que as culturas regem as sociedades. Orientando comportamentos que aqui possuem
O terceiro capítulo inicia questionando-se sobre o motivo de estarmos cegos. Por que executivos de grandes marcas continuam cegos? Klaric afirma que a cegueira persiste por considerarmos inteligentes e já sabedores de muitos assuntos, quando, na verdade, precisamos desaprender para aprender coisas novas.
“Aprender é fácil, desaprender é muito difícil.” P. 66
“A dificuldade não está nas ideias novas, e sim em escapar das velhas.” – Guy Kawasaki. P. 66
"O mercado avança a passos largos nos últimos anos. Contudo, a academia continua ensinando o que já não é vigente.” P. 67
“As pessoas não sabem o que querem, até que você mostre a elas.” – Steve Jobs. P. 67
“Um profissional da área que não crie ideias, lute por elas e as imponha, sejam boas ou más, não é bem-sucedido.” P. 68
"O mercado avança a passos largos nos últimos anos. Contudo, a academia continua ensinando o que já não é vigente.” P. 67
“As pessoas não sabem o que querem, até que você mostre a elas.” – Steve Jobs. P. 67
“Um profissional da área que não crie ideias, lute por elas e as imponha, sejam boas ou más, não é bem-sucedido.” P. 68
“Quanto mais inovadora a ideia, mais proativo você deve ser pra convencer a todos que a aceitem. Motivar integrantes das equipes interna e externa para a execução de uma ideia nova é um grande desafio.” P. 68
“Quase sempre, os medos, as políticas internas e os interesses pessoais estão acima do insight descoberto.” P. 70
“Existe um estudo importante da Univerdade Harvard em que um dos objetivos era entender o que faz com que as pessoas não mudam. Graças a esse estudo, descobriu-se que, no momento de conflito para tomar decisões ou fazer as coisas de forma diferente, o cérebro gasta muito mais energia.” P. 71
O autor ainda volta a citar sobre a alta rotatividade dos profissionais nos empregos, em tão pouco tempo pode-se conquistar as metas estabelecidas pela empresa, mas não construir amor pela marca e fidelizar clientes. E, ainda, o caos da rotina desse profissional, que precisa apagar diversos incêndios diariamente, não proporciona atenção necessária a estratégias competitivas, tempo para elaborar ideias inovadoras... acabam sendo operadores administrativos.
“Existe um estudo importante da Univerdade Harvard em que um dos objetivos era entender o que faz com que as pessoas não mudam. Graças a esse estudo, descobriu-se que, no momento de conflito para tomar decisões ou fazer as coisas de forma diferente, o cérebro gasta muito mais energia.” P. 71
Toda grande ideia passa por três importantes estágios: a) é rejeitada; b) é parcialmente aceita; c) é assimilada e aceita como uma grande ideia. Elas são descritas entre as páginas 73 e 76.
“Os frios e rígidos especialistas em finanças criaram o modelo de global branding, estratégia com um único objetivo: reduzir custos de publicidade e comunicação, mesmo que isso signifique não se conectar com esses mercados.” P. 77
“85% do processo de decisão é subconsciente.” P. 79
3 – A incapacidade de interpretar o consumidor.
4 – Não querer abandonar as formas conhecidas nem gastar muita energia em arriscar-se.
5 – Deixar que interesses particulares se sobreponham aos interesses da marca.
6 – Querer aplicar obrigatoriamente o que se aprendeu na universidade, quando grande parte desse conhecimento já não é válido.
7 – Seguir métodos e técnicas muito rudimentares.” P. 81
04 – Nunca tivemos um consumidor tão inteligente e complexo como o de hoje
“O consumidor de hoje é hiperinformado, porque correr na mesma velocidade em que a informação o persegue. Sabe até dez vezes mais do que sabia dez anos atrás; tem a possibilidade de consultar instantaneamente a opinião de seus amigos e vizinhos; possui acesso a toneladas de informação pela internet; é constantemente bombardeado por diferentes meios de comunicação e recebe muita informação que lhe confere poder de escolha dentro de seus processos de compra mais importantes.” P. 83
“É muito comum que meios de comunicação como blogs geram uma percepção e persuasão do consumidor em direção ao que ele pensa e deseja comprar. No passado, quando havia poucos produtos, o consumido apreciava valores funcionais como a eficácia, o sabor ou o preço mais barato. As coisas mudaram e, hoje, os produtos possuem preço e qualidade como obrigações implícitas e transcendem o valor funcional, que por sua vez se converteu em um detalhe menor dentro do complexo processo de decisão. Atualmente, as coisas valem mais pelos significados que carregam que por sua materialidade. Por isso, o conhecimento para construir significados e conexões é fundamental.” P. 84
“A estratégia bem-sucedida deve surgir do conhecimento profundo das necessidades subconscientes e antropológicas do consumidor.” P. 85
“A empresa local acredita conhecer perfeitamente seu mercado por atuar nele há anos. No entanto, em todo país que se torna emergente, a cultura e a demanda se modificam drasticamente a cada dois anos, pois se trata de um país bebê, com consumidores bebês dispostos a modificar parte de sua estrutura de valores e ideias – e, consequentemente, transformam seu pensamento de compra em períodos de dois a seis anos.” P. 89
“Hoje, a segmentação do consumidor é multidimensional e se transforma constantemente. A cada dia nasce uma tribo urbana diferente, com necessidades diferentes.” P. 91
“É fascinante conhecer as tribos urbanas não só por serem mercados interessantes para as marcas, mas também porque em muitas delas nascem grandes tendências, posteriormente incorporadas à eletrônica, roupa, alimentação, música etc.” P. 92
“Se não sabemos como comem e vivem os consumidores, quais são seus sonhos, é muito difícil seguir em frente e vender produtos.” P. 93
05 – Os métodos tradicionais já não são suficientes para projetar uma empresa e inovar com sucesso
“Nós mesmos, os analistas, sabemos como funciona a mente na compra, mas não podemos decifrar por que compramos as coisas que compramos, ou fazemos o que fazemos.” P. 98
“Se alguém explica por que comprou algo, ou por que gosta de determinada coisa, está tratando de racionalizar a questão para poder expressá-la.” P. 99
“- Manter a imagem diante dos companheiros da sessão.
- Impressionar ou destacar-se no grupo.
- Livrar-se da pergunta para receber logo o incentivo.
- Parecer inteligente diante dos demais.
- Reafirmar-se e sentir-se bem.
- Buscar aprovação ou integração coletiva.” P. 100
“Não existe forma de racionalizar as emoções, porque as emoções funcionam sob uma lógica totalmente distinta da razão. Além disso, é curioso, mas sempre nos fizeram acreditar que, quanto mais racional é uma pessoa, mais chances ela terá de ser bem-sucedida. Contudo, está provado cientificamente que a maior parte dos grandes líderes alcança mais sucesso porque são emocionais, e não racionais.” P. 100
“85% do processo de decisão é subconsciente.” P. 79
O autor finaliza o capítulo listando as 7 razões do que realmente gera a cegueira:
“1 – Não poder desaprender.
2 – A velocidade de mudança do mundo. 3 – A incapacidade de interpretar o consumidor.
4 – Não querer abandonar as formas conhecidas nem gastar muita energia em arriscar-se.
5 – Deixar que interesses particulares se sobreponham aos interesses da marca.
6 – Querer aplicar obrigatoriamente o que se aprendeu na universidade, quando grande parte desse conhecimento já não é válido.
7 – Seguir métodos e técnicas muito rudimentares.” P. 81
04 – Nunca tivemos um consumidor tão inteligente e complexo como o de hoje
“O consumidor de hoje é hiperinformado, porque correr na mesma velocidade em que a informação o persegue. Sabe até dez vezes mais do que sabia dez anos atrás; tem a possibilidade de consultar instantaneamente a opinião de seus amigos e vizinhos; possui acesso a toneladas de informação pela internet; é constantemente bombardeado por diferentes meios de comunicação e recebe muita informação que lhe confere poder de escolha dentro de seus processos de compra mais importantes.” P. 83
“É muito comum que meios de comunicação como blogs geram uma percepção e persuasão do consumidor em direção ao que ele pensa e deseja comprar. No passado, quando havia poucos produtos, o consumido apreciava valores funcionais como a eficácia, o sabor ou o preço mais barato. As coisas mudaram e, hoje, os produtos possuem preço e qualidade como obrigações implícitas e transcendem o valor funcional, que por sua vez se converteu em um detalhe menor dentro do complexo processo de decisão. Atualmente, as coisas valem mais pelos significados que carregam que por sua materialidade. Por isso, o conhecimento para construir significados e conexões é fundamental.” P. 84
“A estratégia bem-sucedida deve surgir do conhecimento profundo das necessidades subconscientes e antropológicas do consumidor.” P. 85
Neste capítulo, o autor também dialoga sobre a inserção de grandes marcas nos países emergentes. Ele frisa sobre a importância dos profissionais conhecerem como esses consumidores pensam, projetam e vivem. Além das questões comuns, essas marcas também concorrem com os produtos locais, porém as locais acreditam que seus clientes já são fiéis a seus produtos e não se organizam para inovar.
“Hoje, a segmentação do consumidor é multidimensional e se transforma constantemente. A cada dia nasce uma tribo urbana diferente, com necessidades diferentes.” P. 91
“É fascinante conhecer as tribos urbanas não só por serem mercados interessantes para as marcas, mas também porque em muitas delas nascem grandes tendências, posteriormente incorporadas à eletrônica, roupa, alimentação, música etc.” P. 92
“Se não sabemos como comem e vivem os consumidores, quais são seus sonhos, é muito difícil seguir em frente e vender produtos.” P. 93
05 – Os métodos tradicionais já não são suficientes para projetar uma empresa e inovar com sucesso
“Nós mesmos, os analistas, sabemos como funciona a mente na compra, mas não podemos decifrar por que compramos as coisas que compramos, ou fazemos o que fazemos.” P. 98
“Se alguém explica por que comprou algo, ou por que gosta de determinada coisa, está tratando de racionalizar a questão para poder expressá-la.” P. 99
Uma das razões que prova porque os métodos tradicionais não são mais suficientes é a descoberta de que o consumidor mente! Mesmo não sendo propositalmente, isso acontece. Portanto, as pesquisas tradicionais não são eficientes, pois não alcançam os níveis do subconsciente ou do inconsciente. A seguir, os motivos que provocam as mentiras:
- Impressionar ou destacar-se no grupo.
- Livrar-se da pergunta para receber logo o incentivo.
- Parecer inteligente diante dos demais.
- Reafirmar-se e sentir-se bem.
- Buscar aprovação ou integração coletiva.” P. 100
“Não existe forma de racionalizar as emoções, porque as emoções funcionam sob uma lógica totalmente distinta da razão. Além disso, é curioso, mas sempre nos fizeram acreditar que, quanto mais racional é uma pessoa, mais chances ela terá de ser bem-sucedida. Contudo, está provado cientificamente que a maior parte dos grandes líderes alcança mais sucesso porque são emocionais, e não racionais.” P. 100
A seguir, dois exemplos para comprovar:
“P: Senhora, qual desses dois refrigerantes é mais gostoso?
R: O da direita, senhor.
P: Por quê?
R: Porque é menos doce.
AQUI ENTRA A PERGUNTA DETERMINANTE
P: Por que você gosta do menos doce?
R: Blá, blá, blá (já não tem muito sentido o que ela começa a dizer)” P. 101
“P: Senhora, você faz café da manhã para seus filhos?
R: Claro.
P: Quantas vezes por semana?
R: Quase todos os dias.
AQUI INSERIMOS UM ESTRATAGEMA
Obrigado por sua participação, senhora, já acabamos.
Agora conversaremos com seus filhos. Poderia perdir-lhes que entrem na sala, enquanto você espera do lado de fora, por favor?
P: Olá, meninos. O que tomaram de café da manhã hoje?
R: Nada, porque estávamos atrasados.
P: E ontem, o que tomaram de café da manhã?
R: Um iogurte e bolachas no carro.” P. 102
R: O da direita, senhor.
P: Por quê?
R: Porque é menos doce.
AQUI ENTRA A PERGUNTA DETERMINANTE
P: Por que você gosta do menos doce?
R: Blá, blá, blá (já não tem muito sentido o que ela começa a dizer)” P. 101
“P: Senhora, você faz café da manhã para seus filhos?
R: Claro.
P: Quantas vezes por semana?
R: Quase todos os dias.
AQUI INSERIMOS UM ESTRATAGEMA
Obrigado por sua participação, senhora, já acabamos.
Agora conversaremos com seus filhos. Poderia perdir-lhes que entrem na sala, enquanto você espera do lado de fora, por favor?
P: Olá, meninos. O que tomaram de café da manhã hoje?
R: Nada, porque estávamos atrasados.
P: E ontem, o que tomaram de café da manhã?
R: Um iogurte e bolachas no carro.” P. 102
“Assim, descobrimos que a mulher não pode dizer a verdade porque, nesse país específico, se sente socialmente uma má pessoa por não fazer o café da manhã dos filhos.” P. 102
“Pergunte a si mesmo: O que você comprou por uma decisão 100% racional? Você verá que nada. Roberto diz: um disco rígido externo. Roberto não sabe que sua decisão foi mais emocional que racional, porque seu interesse ou razão principal era, na verdade, um intenso medo de perder a informação. É assim em todos os casos.” P. 103
“Quando usamos o focus group, simplesmente usamos a informação racional, que não representa o motivo real de conexão com o produto.” P. 106
“Hoje, o neuromarketing é uma ferramenta eficaz e válida para testar embalagens e comerciais de televisão. Mas acho que faltam apenas alguns anos para que essa ferramenta seja usada plenamente e para que se alcancem os resultados exigidos pelos clientes.” P. 109
06 – O poder da biologia e o retorno valioso das ciências sociais
07 – Teoria neurológica e comportamento biológico para interpretar o consumidor
08 – A diferença entre pesquisar o consumidor e descobrir sua mente
09 – Como usar um deep insight ou código para a implementação e a inovação efetivas
10 – Princípios para interpretar corretamente a mente do consumidor e inovar com sucesso
“Pergunte a si mesmo: O que você comprou por uma decisão 100% racional? Você verá que nada. Roberto diz: um disco rígido externo. Roberto não sabe que sua decisão foi mais emocional que racional, porque seu interesse ou razão principal era, na verdade, um intenso medo de perder a informação. É assim em todos os casos.” P. 103
“Quando usamos o focus group, simplesmente usamos a informação racional, que não representa o motivo real de conexão com o produto.” P. 106
“Hoje, o neuromarketing é uma ferramenta eficaz e válida para testar embalagens e comerciais de televisão. Mas acho que faltam apenas alguns anos para que essa ferramenta seja usada plenamente e para que se alcancem os resultados exigidos pelos clientes.” P. 109
06 – O poder da biologia e o retorno valioso das ciências sociais
“A melhor explicação do comportamento
humano está na conduta biológica. Pergunto-me: por que apesar de existirem
provas constantes de seu poder explicativo e interpretativo, os analistas de
marketing e a academia de negócios deixam essa disciplina tão relegada?” P. 111
O
autor argumenta neste capítulo sobre a importância dos estudos biológicos para
as estratégias de comunicação e marketing. A aposta na união das ciências
sociais e da biologia é tão significativa por que o humano biologicamente é
muito semelhante em todos os continentes do planeta, portanto investir no
instinto é mais seguro do que tentar se conectar, quando falamos de marcas
globais, por vias culturais.
“Insisto: o sucesso está em saber
combinar diferentes técnicas e metodologias. Hoje, é necessário um conhecimento
profundo das ciências sociais e biológicas, e o mercado nos obriga a saber um
pouco da antropologia, psicologia e até biologia para ver com mais clareza cada
oportunidade de negócio.” P. 112
“Nosso comportamento biológico é o
aspecto mais forte de nossa conduta, por isso se complementa tanto com o
marketing. Enquanto a biologia nos faz atuar de forma inconsciente, a
antropologia é a forma consciente de como o homem transcende e se comporta
baseado em sua história, rituais crenças e cultura.” P. 113
“Saber de antropologia e biologia
permite interpretar por que as pessoas fazem o que fazem e dizem o que dizem.”
P. 114
“Quando fundamentamos a estratégia no
comportamento biológico, arriscamos menos, porque as bases biológicas que regem
nossa conduta não se modificarão nos próximos 350 anos, e seguramente nenhum de
nós testemunhará a menor mudança.” P. 114
“A biologia transcende a cultura.” P.
115
“A emoção vence a razão, e o instinto
vence ambas.” P. 116
“Hoje, devemos fazer menos marketing
para as emoções e mais para o instinto.” P. 116
“O marketing biológico é o futuro da
análise de mercado. Utilizar o conhecimento sobre o comportamento biológico do
consumidor permite construir estratégias globais, já que a conduta biológica é
o motivo mais profundo e real da atuação e reação primitivas. Além disso, o
resultado é indiferente à cultura de origem do profissional de marketing.” P.
118
“Se, em meus processos, tivesse que
escolher entre usar o código biológico e o código cultural para formular uma
estratégia em um país que não conheço, escolheria, sem dúvida, o biológico.” P.
118
A
seguir, o autor apresenta um exemplo usando o efeito biológico para criar uma
estratégia global.
“Gostaria de dar um exemplo de uma
estratégia biológica. Se você é uma empresa que comercializa açúcar, deve saber
que o produto gera o mesmo efeito psicobiológico no cérebro de um chinês e no
cérebro de um norte-americano: o açúcar provoca um sentimento de prêmio,
alegria, energia, e isso faz com que o corpo se satisfaça. Então, se você vai
fundamentar uma estratégia para uma empresa açucareira em qualquer parte do
mundo, é bom saber o que o açúcar provoca e qual sentimento desperta
biologicamente dentro do corpo do ser humano, porque isso não muda.” P. 118-119
“Você chegará à conclusão de que, para
vender açúcar, aqui e na China, você deve vender alegria.” P. 119
“O
mais importante da comunicação é escutar o que não se diz.” – Peter Drucker. P.
123
“É importante entender que,
biologicamente, homens e mulheres não são iguais – eles operam e funcionam de
forma distinta – e que a interpretação das coisas também é diferente. Por essa
razão, para uma postura biológica e de mercado rentável, devemos falar com
conhecimento da causa biológica. Saber como funciona a mente da mulher e do
homem nos tornará muito mais eficazes na especialização de nossos discursos. Recomendo,
assim, não se comunicar da mesma forma com homens e mulheres. Mas, se for
inevitável, não espere os mesmos benefícios de ambos.” P. 124
Este
capítulo, como já introduzido, trata sobre a teoria neurológica constituída com
base no comportamento biológico. A seguir, alguns dados que exemplificam como
homens e mulheres são diferentes:
“- O cérebro da mulher possui dois
hemisférios muito mais interconectados. Por isso, elas são mais aptas à
realização de multitarefas.
- O cérebro da mulher é muito
pedagógico que científico.
- O cérebro da mulher compra câmeras,
o do homem coleciona músicas e notas.
- O cérebro da mulher é 6% maior, mas
muito mais hábil para realizar várias coisas ao mesmo tempo.
- A mulher usa quase o triplo de
palavras que o homem.
- A mulher gosta da saturação de
elementos, os homens não.” P. 124
Na
página 126, o autor traz outros exemplos:
“Quando as mulheres se reúnem, o fazem
para aprender umas com as outras; quando os homens o fazem, é para contar o que
caçaram, compraram ou em que negócios estão envolvidos. As mulheres veem as
coisas de forma diferente à dos homens. Esse dado é interessante: as mulheres
falam aproximadamente 14 mil palavras por dia, enquanto os homens usam apenas
quatro mil. Por isso, sempre que as mulheres perguntam ao marido como foi seu
dia, os homens respondem um seco “tudo bem”. E elas depois perguntam: “o que
você fez hoje?” E a resposta é “nada”. Em seguida: “por acaso você esteve com o
Jorge?”, e a resposta é “sim”. E as perguntas seguem: “o que Jorge lhe disse?”,
e a resposta, “nada”...” P. 126
“O princípio do cachorro ou da
neotenia é um princípio biológico de sobrevivência. Se algum dia você precisar
criar um brand character ou um mascote para sua empresa, a recomendação é
desenhá-lo segundo esse princípio, ou seja, um personagem com os olhos bem
grandes e a testa larga; com essas duas características, é mais provável que
ele se conecte com as pessoas.” P. 124
“As mulheres e os homens veem e
observam de maneiras diferentes. É importante entender isso, porque, enquanto
os homens possuem a visão de caçador (a visão em túnel o ajudava a caçar de
forma mais cômoda), as mulheres possuem uma visão periférica (que as ajudava a
selecionar os frutos maduros que estavam nas partes mais altas das árvores).”
P. 127
“No entanto, se levamos esses insights
à comunicação, isso explica que a mulher pode relacionar mais palavras, mais
elementos gráficos e mais objetos simultâneos dentro de um anúncio
publicitário, enquanto o homem é totalmente básico. As mensagens destinadas aos
homens devem ser, portanto, sintéticas, com poucas palavras e poucos elementos
para não confundir.” P. 127
“Existe um padrão que se mantém: os
produtos líderes são sempre os que, de alguma forma, causam algum mal, e por
isso chegamos à conclusão de que, se algo é nocivo, torna-se aceitável e seduz
mais do que algo saudável.” P. 129
“Assim como a mente humana busca a
sobrevivência, também busca o perigo, o mal reversível.” P. 130
“Com prova disso, as vendas dos maços
de cigarro não caíram com esses anúncios preventivos grotescos obrigatórios nem
com a proibição de propagandas na TV. Descobrimos em nosso neurolaboratório que
essas mensagens provocam, ao contrário, intenção de compra e fazem com que as
pessoas fumem.” P. 130
“Mas como tornar maçãs verdes
desejáveis?
Basta acrescentar nelas algo que
represente um mal reversível ao consumidor; por exemplo, algo engordativo, como
caramelo, amendoim, bastante chocolate.” P. 132
“Os miniSnickers são um sucesso: é a
melhor jogada para não sentirmos culpa. A armadilha está no fato de que
acabamos comendo a mesma quantidade, ou mais, de calorias.” P. 133
“O mistério sempre vende, seduz, nos
atrai, chama mais atenção do que o normal para o produto, conceito ou serviço.”
P. 133
Na
página 135 o autor fornece 04 dicas para construir uma mensagem misteriosa.
“As formas orgânicas são mais bem
percebidas pelo cérebro. Estamos programados para recebê-las com agrado e
facilidade. A natureza está cheia de formas curvas e não retas.” P. 136
“As metáforas não são mais práticas, e
sim mais cômodas para comunicar em diferentes culturas. As metáforas podem ser
visuais ou escritas. Por exemplo, é muito mais eficaz dizer:
- Um homem precavido vale por dois.
Que:
- Quando uma pessoa é precavida, tem mais
sucesso na vida.” P. 136 - 137
“Definição
de insight / In (entrar, penetrar) + sight (visão)
O
poder ou ato de ver uma situação: auto ou resultado de aprender ou captar a
natureza interna das coisas, ou ato de ver intuitivamente.” P. 139
“Um
bom insight é o melhor negócio” Um insight poderoso acelera seu sucesso, ajuda
a ganhar tempo e evita o desgaste de implementação e o risco de perder o
investimento em processos baseados em tentativa e erro.” P. 139
Na
página 140, Klaric cita alguns exemplos de insights: Starbucks, Apple, Ikea,
Victoria Secret, Burger King. A seguir, o da Starbucks:
“O insight transformador da Starbucks
foi descobrir que as pessoas não querem ir até lá pelo café; elas preferem a
experiência que sugere o café. Por exemplo: o aroma delicioso, a boa música, o
sofá confortável, as pessoas, os oito tipo de cadeiras que possuem, mesas com
tomadas para trabalhar etc.” P. 140
Então,
qual a diferença entre pesquisar e descobrir um insight?
“Pesquisar insights: trata-se de um
processo intelectual, muitas vezes mecânico, que se faz ao perguntar,
questionar e analisar através de diferentes técnicas. Seu objetivo é observar
um comportamento ou necessidade do consumidor.” P. 141
“Descobrir insights: descobrir é uma
paixão que nos move e não nos deixa descansar até encontrarmos o que buscamos. Um
descobridor nunca é conformista e não se deixa surpreender por qualquer coisa. Quando
vivemos um processo de descobrimento, deixamos de ser mecânicos e nos tornamos
orgânicos, deixamos de ser profissionais de marketing para nos transformarmos
em antropólogos, gastamos horas dedicadas junto ao consumidor e não temos
limites para entrevistar, observar e analisar pessoas. É comum que, nesses
casos, tenhamos vontade de entrevistar mais pessoas do que o planejado,
investir horas estudando os avanços a partir de diferentes pontos de vista,
indo e voltando entre consumidores e documentos entre livros e anotações.” P.
141
“Quando se trata de insights, a emoção
é mais forte que a razão, e o instinto é mais forte que os dois.” P. 144
“Quando um insight é profundo e contém
componentes simbólicos e biológicos, pode cruzar amplamente fronteiras
culturais e fazer sucesso em muitos países. Toda marca global opera com esse
tipo de insight.” P. 146
Klaric
descreve, detalhadamente entre as páginas 145 e 149, um exemplo de uma empresa
de inseticidas que decidiu realizar um estudo para entender por que as mulheres
não compravam seu produto. Em um primeiro momento, identificaram um superficial
insight que era de exterminar todas as baratas dos lares. A surpresa foi que as
vendas não paravam de cair. Então, a empresa investiu no estudo de um deep
insight (insight profundo), quando descobriram que as mulheres queriam ver as
baratas sofrer antes que morressem.
No
capítulo 09 do livro, o autor relata sobre as dificuldades, os desafios e os
benefícios para implementar um deep insight (um insight profundo). Também cita
sobre a importância das metáforas e das mensagens indiretas.
“Em geral, nas gerências, há muitas
pessoas por trás dos processos de inovação. Vimos que, devido aos medos,
interesses pessoais e paradigmas gerenciais, são poucos os que chegam a se
capacitar e interpretar esse tipo de conhecimento e informação.” P. 154
Como
motivar a equipe a envolver-se com o deep insight?
“- Faça com que todos participem do
processo de descobrimento.
- Assegure-se de que todos se
capacitem e participem.
- Não venda o insight profundo, melhor
fazer com que eles o descubram.
- Não se preocupe em fazer com que
entendam os pesquisadores, e sim com que eles mesmos se tornem pesquisadores.
-
Sempre implemente a solução a partir de um deep insight ou código para que eles
sejam seus benefícios.” P. 154
“Sua
profundidade obriga o implementador a transmiti-lo ao consumidor por meio de
experiências distintas de marca e mensagens indiretas. Por esse motivo é tão
eficaz criar metáforas com uma mensagem, pois, do contrário, seja rejeitada.”
P. 154-155
Como
transmitir o deep insight ao consumidor?
“- Os deep insight ou códigos devem
voltar à mente do consumidor em forma de metáforas e símbolos.
- É melhor entregá-lo que dizê-lo.
- Venda sem vender. A mente agradece.
Não seja tão direto: venda o significado, não o produto. Venda o benefício, não
o produto.
- A mente tem prazer em encontrar o
significado e a resposta das coisas; procure mandar apenas a informação, e
deixe a conclusão para o consumidor.
- Em alguns processos, utilize a
assessoria de um especialista em metáfora, semiótica ou de um publicitário com
experiência em mensagens indiretas ou subconscientes.” P. 155
“Em geral, os insights profundos ou
códigos parecem complexos e sofisticados.” P. 155
Parecem,
pois...
“Se o insight profundo é complexo e
sofisticado, não é um código. Esses insights não são assim: são básicos, e seu
poder está na simplicidade. Por isso é preciso entender que não se deve
complicá-lo na implementação.” P. 155-156
Alguns
benefícios em implementar os deep insights ou códigos:
“Você será visto como um profissional
profundo que vai além da pesquisa tradicional. Nos últimos dez anos, tenho
observado que os analistas de mercado que entendem e usam o deep insight
avançam em sua carreira e profissão agressivamente.” P. 156
“Ao usar o deep insight ou códigos,
você desvendará o consumidor e sua mente, e poderá não apenas conquistá-lo, mas
também fidelizá-lo.” P. 156
“Graças aos deep insights ou códigos,
você poderá produzir ofertas contundentes, que incrementarão seu Market Share
de forma imediata.” P. 156
“Um deep insight ou código abrirá sua
mente a novos caminhos e possibilidades de crescimento e extensão da marca.” P.
156
Exemplos
práticos de como implementar os deep insights:
“Por questões psicobiológicas, o jovem
necessita criar sua própria identidade, e, pela mesma razão, gosta de tudo de
que os pais não gostam.
Criar um portfólio com coisas de que
os pais não gostam (roupa amassada, calças rasgadas, bonés sujos, camisas sem
manga etc.).
Criar uma loja que incomode os pais:
com luz baixa, saturada, cheia de quinas e, o mais importante, com música muito
alta, quase ensurdecedora.
Colocar dois modelos seminus com as
calças caídas mostrando as cuecas, e eles em seguida convidam sua filha a tirar
uma foto com eles.
Produzir um livro ou revista promocional
com essa atitude, cheio de fotos de coisas que os pais não gostariam que os
filhos fizessem, como mergulhar nu no lago do sítio.” P. 156-157
Primeiro
princípio – Diga: não sei nada!
“Em geral, a arrogância e o excesso de
segurança dos profissionais de marketing, publicitários e empresários são
extremamente nocivos para o processo de pesquisa.” P. 162
Os
novos decretos do pensamento do novo profissional de marketing:
“1 – Não sei nada e preciso ser
humilde.
2 – Estou disposto a mudar minha forma
de ver as coisas e mudar de paradigmas.
3 – Reconheço e aceito que 85% do
processo de decisão é subconsciente.
4 – Observarei e analisarei com base
nesses novos princípios.
5 – Aceito que os consumidores são
pessoas antes de ser consumidores, e sua cultura e mente rege sua conduta.
6 – Serei organizado, técnico e
disciplinado nesse processo.
7 – Entenderei que o consumidor não
sabe o que quer e por isso mente.
8 – As pessoas não sabem o que querem
e não me deixarei influenciar nem tomarei decisões precipitadas pelo que falam.
9 – Diferenciarei claramente o código
de um insight e, assim, minimizarei o risco de inovar com base em um insight
equivocado.
10 – Entenderei o motivo ou parte instintiva
pelo qual as pessoas se conectam ou se desconectam das coisas.” P. 163
Segundo
princípio – Entenda a problemática e estabeleça um objetivo claro
“É comum, nos processos de pesquisa,
que a problemática do caso e o objetivo a ser atingido não figurem de forma
clara. Quando é assim, começamos a pesquisar com muitas problemáticas e
objetivos, e acabamos perdendo o foco. É muito importante que seu cliente e
você conheçam perfeitamente a marca e os consumidores, e deixem bem
estabelecido qual o objetivo da pesquisa de maneira prática e sintética.” P.
164
“Entender claramente o que você busca
ajudará a encontrar aquilo de que você precisa.” P. 165
Terceiro
princípio – Pesquisar segundo um modelo científico
“Um modelo científico de pesquisa
significa que você deve, primeiro, gerar as hipóteses e, em seguida, por meio
de uma análise quantitativa ou qualitativa, rejeitar ou confirmar as hipóteses
em questão.” P. 166
“Em primeiro momento, você iniciará a
pesquisa com uma quantidade grande de hipóteses (em geral, 40 ou 50). Na
segunda leva ou na seguinte, você verá que entre 70% e 80% de suas hipóteses
foram refutadas. Ao mesmo tempo, porém, terá criado mais 20, então 30 hipóteses
para a leva seguinte. E cada vez que você terá várias hipóteses refutadas e
poucas aprovadas, até chegar à última leva de validação.” P. 167
Quarto
princípio – Gerar hipóteses
“Quando dizemos gerar hipóteses, nos
referimos a criar questões, pensamentos, ideias sobre o que está acontecendo na
mente do consumidor. Existem hipóteses lógicas, hipóteses emocionais e
hipóteses simbólicas. Recomendamos trabalhar com as simbólicas, porque, em
geral, são essas que permanecem como código ou deep insight.” P. 169
As
variações de hipóteses do que conecta o consumidor quando se trata de:
“Hipóteses lógicas: a pontualidade e
aviões novos;
Hipóteses emocionais: gentileza,
conforto, sentir-se seguro;
Hipóteses simbólicas: conseguir fechar
um negócio, conseguir chegar à festa de casamento, conseguir que seu filho
conheça a Disney, conseguir estar com a família etc.” P. 169
“Digo que a melhor matéria-prima do
código é um bom leque de hipóteses geradas por todos os responsáveis e
consumidores da categoria investigada.” P. 171
Quinto
princípio – Gerar perguntas-chave
“Em muitas ocasiões, descobri que a
qualidade da pergunta é mais relevante que a resposta. A arte de fazer uma boa
pergunta abre caminhos e novos horizontes de exploração. Se não temos uma boa
pergunta, é impossível conseguir uma boa resposta.” P. 172
Neste
quinto princípio, o autor fornece algumas dicas para elaborar boas perguntas.
Vamos a elas:
“1 - Use a pergunta “o que você
sente?””
“Convém perguntar o que “sentem” as
pessoas. Não “o que você pensa desse iogurte?”. P. 173
“Outras perguntas exploratórias:
- O que acontece se... ?
- Que tal se... ?
- O que é o oposto a... ?
- O que é igual a... ?” P. 173
“2 – Estudo e analise os medos das
pessoas”
“Nos medos estão os motivos mais
poderosos pelos quais as pessoas querem ou não um produto. Não obstante, é
preciso ter cuidado ao perguntar do que elas tem medo – porque as pessoas
possuem um instinto de negação do medo. Por isso, devemos explorar os medos das
pessoas de forma indireta, nunca de forma direta. Por exemplo, “fale de uma
situação em que você se sentiu incômoda ou frágil por entender tal coisa, ou
por sentir isso... ou por fazer aquilo.” P. 173
“3 – Fale em terceira pessoa”
“Você conhece alguém que, alguma vez,
teve problema com um absorvente feminino?” P. 174
“Qual a sua opinião sobre as mães que
não dão café da manhã a seus filhos?” P. 174
“4 – Aprofunde as impressões”
“Em geral, seu cérebro registra 80%
das impressões entre 0 e 8 anos de idade, e isso é o que dita seu
condicionamento emocional e de significado com o mundo para o resto da vida. As
impressões são memórias que se fixam dependendo da intensidade de uma emoção ou
experiência em relação ao produto, sujeito ou conceito.” P. 175
“Qual é sua primeiro lembrança de... ?
Ou
Qual a primeira coisa que você lembra
da última vez em que comeu iogurte?
Ou
Qual a primeira coisa que você lembra
quando digo a marca Ford?” P. 175
“O que você descobrir a partir dessa
impressão será a chave para formular sua inovação ou campanha de comunicação.
Se você evocar essa lembrança ao consumidor, ele se conectará imediatamente.”
P. 176
“5 – Consiga um rapport excelente”
“Consiga um rapport solidarizando-se
com a falta do produto ou serviço. Uma forma de explorar novos caminhos e novas
respostas é simular uma experiência negativa com o produto.” P. 176
“Diz o entrevistador ao entrevistado:
Usei esse sabão uma vez e meu corpo
ficou cheirando mal.
Já aconteceu algo parecido com você
alguma vez?
Sob a ótica do pesquisador
tradicional, essa condução da pergunta desviaria a resposta, mas eu sinto o
contrário.” P. 176-177
“6 – Interprete os gestos”
“Quando você estiver pronto para fazer
a pergunta, concentre-se e preste muita atenção nas reações do rosto do
entrevistado, que gestos e sons produzirá: se será um barulho, uma careta, se
vai fechar um olho, mover as pupilas, se vai coçar a cabeça, mexer as mãos,
engolir saliva ou colocar a mão no queixo.” P. 177
“7 – Verifique a validade da resposta
gerando uma nova pergunta”
“Por que você guarda isso ali?
Fotografar ajuda a encontrar
similaridades com os outros pesquisadores, e daí tirar conclusões sobre o valor
das coisas em função de onde são guardadas.” P. 178
“8 – Pergunte o porquê do gesto”
“Assim como a reação gesticular
oferece respostas, perguntar o “porquê” desses gestos intensifica e aprofunda a
resposta que recebemos das pessoas.” P. 178
“9 – Use projetivas”
“Ao usar a projetiva “se não tivesse
Nescafé, o que você usaria?” você dá às pessoas a possibilidade de imaginar
como reagiriam se acordassem de manhã e não encontrassem Nescafé. Pergunte: “o
que você tomaria?”” P. 179
“10 – Faça-o falar de forma básica”
“Em geral, as pessoas tendem a
construir respostas muito elaboradas, porque estão tratando de encontrar a
lógica das emoções. Contudo, tal lógica não existe, então tente fazer com que a
pessoa não venha com contos ou rodeios, porque isso pode confundir você.” P.
179
Sexto
princípio – Utilize a técnica de laddering
“A técnica consiste em como fazer
perguntas e contraperguntas de forma sistemática,” P. 181
“O objetivo é descobrir o gosto por
chocolate em uma pessoa. Começaria assim:
P: Por que você gosta de chocolate?
R: Porque é gostoso?
P: O que significa gostoso para você?
P: Algo que me faz sentir bem.
Contrapergunta: Você se lembra de
momentos em que o chocolate o fez se sentir bem?
R: Aos domingos, com meu namorado,
tomando chocolate quente.
Contrapergunta: Por que você toma
chocolate aos domingos?
R: Não sei, mas no domingo sinto muita
ansiedade de começar a semana e sinto que o chocolate me dá certa
estabilidade.” P. 181
Sétimo
princípio – Leia nas entrelinhas
“Contudo, sorrateiramente, entre as
frases, as palavras e as diferentes formas de comunicação, você deve
identificar o que elas estão querendo dizer.” P. 183
“As respostas elaboradas com pompa e
sem sentido acontecem porque o consumidor mente por não saber o que quer.
Assim, é importante entender por que o consumidor faz isso.” P. 183
“Em todo relato ou história, em toda
resposta, há muitos conteúdos ocultos. Por isso, é preciso deixar de ver esses
conteúdos e começar a ler suas estruturas.” P. 187
“A forma mais eficaz de ler ou
interpretar o discurso é separando as frases em partes; nos verbos e adjetivos
encontraremos o significado do que expressam, ou seja, com esses elementos
podemos entender o que as pessoas estão tentando dizer.” P. 187
Exemplo
codificado:
“Lembro-me
de quando fazíamos chocolate quente
no sítio do meu avô. Eu e meus primos fazíamos o chocolate, e um de nós jogava dentro um tição, um
pedaço de lenha em brasa do fogo no qual cozinhávamos, e isso o deixava mais gostoso. Meu avô me ensinou esse truque, e assim
fazíamos; foi ele que nos ensinou a
fazer chocolate. E meu avô começava
a nos contar histórias de bruxas, fantasmas, coisas assim, e todos em pé ao redor da panela, atentos para o leite não transbordar.
“Meus primos” e “Estar reunida a família” = família extensa e
força tribal
“Meu avô = sabedoria
“Tição, madeira acesa = poção
“Ensinou
meu avô” = aprendizagem cultural
“Contar-nos
histórias de bruxas, fantasmas” = mistério
“Em pé ao redor da panela” = união
“Para o leite não transbordar” = juntos em aliança apreciando o valor do fenômeno.
Resultado: União familiar mágica.” P.
188
Oitavo
princípio – Discrimine a informação segundo princípios neurobiológicos para
descobrir as impressões
Neste
capítulo, o autor ressalta a informação de que 85% do processo de decisão é
subconsciente e a influência de cada um dos nossos três cérebros no processo de
escolhas.
“Cérebro córtex: racional, funcional,
analítico, lógico; somos a única espécie com esse cérebro.” P. 193
“Esse cérebro é o que processa as
mentiras e trata de explicar e racionalizar as emoções que não podem ser
racionalizados.” P. 194
“A verdade é que as pessoas não
funcionam pela razão, e sim por seu instinto e suas emoções, que correspondem
aos outros dois cérebros.” P. 194
“Os homens são mais córtex que as
mulheres.” P. 194
“Cérebro límbico: dos mamíferos,
emocional, no qual estão os sentimentos, as sensações, os medos.” P. 195
“Assim como os homens por ser um pouco
mais córtex que as mulheres, as mulheres se caracterizam por ser um pouco mais
límbicas que os homens. No entanto, descobriu-se que os grandes líderes e
homens de sucesso são bem-sucedidos por serem mais límbicos que córtex; são
mais emocionais que racionais e são líderes graças a seu poder emocional e
intuição límbica.” P. 195
“Lembremos que na vida ou na mente do
ser humano não existem coisas boas ou ruins, e sim memórias do passado que
despertam sentimentos considerados bons ou ruins.” P. 198
“Cérebro reptiliano: instintivo,
dominador, reprodutor; o animal dentro de nós”. P. 198
“Diferentemente do córtex que pensa e
do límbico que sente, o cérebro reptiliano simplesmente atua. É o único dos
três cérebros que não tem restrições e que sempre ganha. A particularidade
desse cérebro é que o conservamos desde o início da espécie, e ele ainda atua e
reage a fenômenos de sobrevivência, reprodução, dominação, defesa e proteção.
Embora seja um cérebro instintivo básico e o mais antigo dos três, é
fundamental na decisão de compra de todo produto ou serviço.” P. 198
“Por que uma mulher gasta 2.500
dólares em uma bolsa de Louis Vuitton? Porque uma bolsa assim permite ser
aceita em determinado meio e dominar socialmente, lhe outorga a defesa e
blindagem de um âmbito social difícil.” P. 199
“Para saber qual cérebro é o mais
importante no processo de decisão, basta pensar no seguinte: a emoção mata a
razão, e o cérebro réptil mata os dois.” P. 200
“O cérebro como arquivo se relaciona
ao sistema límbico – o sistema de memória mais importante do ser humano.
Absorve informação por meio dos cinco sentidos e inicia um processo brilhante
de armazenamento de informação de maneira subconsciente, concedendo o direito
de entrada a todo estímulo sensorial que algum dia poderia ser útil para tomar
decisões e sobreviver. Por outro lado, o córtex julga e filtra. Por isso, não
retém tanta informação. Assim, o sistema límbico é muito mais protagonista no
processo de decisão.” P. 201
“A mente é uma fábrica de químicos
variados. Quando recebe um estímulo sensorial pelos cinco sentidos, dependendo
do estímulo e da aprendizagem posterior, decide que químico e em que quantidade
produzir e enviar rapidamente ao corpo. Esses estímulos podem ser positivos ou
negativos, ou podem gerar reações de medo, ansiedade, felicidade, amargura,
dependendo da informação prévia.” P. 202
“Todo especialista de mercado deve
entender que nosso negócio principal é fazer com que os estímulos que
construímos gerem o químico necessário para concretizar a compra requerida.” P.
202
“Esses são os códigos que mais seduzem
o cérebro reptiliano: reconhecimento, prazer e satisfação, controle e ordem, pertencimento e aceitação social, proteção e segurança, autonomia e liberdade, exploração e descobrimento, família, herança e resguardo, transcendência e sobrevivência do
gene, poder e dominação” P. 203
Sobre
o poder das impressões:
“Acontecem ao longo da vida, mas o
período de 0 a 7 anos é o mais importante.” P. 207
“Acontece por uma experiência e emoção
recebida. Quanto mais profunda a emoção e a experiência, mais ela fica grava no
cérebro. Por isso é tão difícil apagar uma impressão, seja positiva ou
negativa.” P. 207
“Você deve explorar as primeiras
lembranças das pessoas, pois aí estão as conexões emocionais mais importantes
com a categoria.” P. 209
Nono
princípio – Depure e hierarquize os insights
“Como fazer para decidir entre toda a
informação valiosa que possui?” P. 212
“Você precisará de uma técnica ou
modelo para determinar o que é mais importante, mais atrativo e relevante,
simultaneamente.” P. 212
“Algo atrativo pode ser mais
chamativo, mas não tão poderoso, e algo relevante pode ser muito necessário,
mas pouco atrativo. Esses aspectos são ditados pela cultura, pelas impressões e
pela idade.” P. 212-213
“Atrativo: valor de atração e
diferenciação exercido pelos elementos de projeção de uma marca ou target. A
pergunta correspondente é: chama a atenção?” P. 213
“Relevante: fundação cumprida pela
marca de acordo com as necessidades e experiências mais significativas do
target. O elemento relevante indica o que é importante para ser feliz e ter
sucesso na vida.” P. 213
“Ler pode ser muito relevante para um
jovem, mas não é atrativo para a grande maioria; os jovens não se sentem muito
atraídos por essa atividade. Mas se o livro ensina, por exemplo, a conquistar
mulheres, pode ser que a leitura se torne atrativa e relevante de forma
simultânea.” P. 213
O
autor, entre as páginas 215 e 217, também descreve o exemplo da Coca-Cola Diet.
Ser saudável é relevante, porém para as mulheres pedirem por uma Coca-Cola diet
em frente às suas amigas era constrangedor, pois demonstrava seu interesse em
emagrecer. Portanto o produto não era mais atrativo. A solução foi substituir o
termo “diet” por “light”, pois o último tem os significados de jovem, dinâmico
e moderno, o contrário de gordo e doente.
Décimo
princípio – Depure e hierarquize os insights
“O código que mobiliza é simbólico, o
qual é composto de dois outros códigos: o cultural e o biológico.” P. 218
“O mais curioso de tudo é que pudemos
provar em centenas de processos que, quando mais poderoso é o insight, mais
instintivo e biológico é; por isso, merece o nome de código, e não de insight.
Lembremos que um código em um nível superior em relação ao insight.” P. 219
“Encontrar o código não é tudo:
transmiti-lo corretamente é parte do sucesso.” P. 219
“Por exemplo: independentemente de o
código de uma boneca bebê ser “sentir-me mãe”, quando isso for usado de forma
crua para promovê-la não alcançará nenhum resultado.
Por isso, um código deve ser
transmitido de forma metafórica; não pode ser lançado de forma direta. Do
contrário, provocará uma negação absoluta. É importante, então, sintetizar toda
a informação e observar a cultura dos países, porque os códigos podem mudar
muito de uma cultura a outra.” P. 220
“Apesar de o biológico ser o mais
importante, o código cultural pode mudar de equação e fórmula de conexão.” P.
220
“Por isso, dizemos que o código
cultural e o código biológico fazem o código simbólico. O sucesso você
encontrará no código simbólico.” P. 220
“Nosso pensamento é simbólico. Devemos
entender a diferença entre o valor simbólico e o valor real das coisas. Todas
as coisas na vida são boas ou más, dependendo unicamente do valor simbólico que
lhes é atribuído. Por isso, dizemos que conexão simbólica é o motivo mais
profundo e real, mas também o mais subliminar e persuasivo.” P. 221
Entre
as páginas 222 e 228, o autor descreve os exemplos de valor simbólico do ouro,
futebol, anel de compromisso, da água, dos computadores portáteis e do
automóvel. Também, da página 232 a 236, são apresentados os exemplos de código
simbólico dos guarda-chuvas transparentes no Japão, das bonecas de bebê, das
bonecas Barbie, das bonecas Bratz e da Diesel.
“O inconsciente coletivo é a forma mais
prática para chegar com apenas uma mensagem à maior quantidade possível de
pessoas de forma simultânea, independente de esse grupo conter homens,
mulheres, crianças e jovens – que pensam diferente, mas vivem dentro de alguns
padrões comuns.” P. 229
“Falar apensar com Pedro, Carlos,
Lúcia e Guilherme não adianta muito; o que realmente adianta é entender de que
modo se parecem os relatos de Pedro, Carlos Lúcia e Guilherme. É nesse ponto em
que a estrutura vale mais que os conteúdos.” P. 230
“Para lembrar: dentro do inconsciente
coletivo, existem três códigos: o biológico, o cultura e, com base nisso, é
possível interpretar o código simbólico.” P. 230
“Código biológico versus código
cultural: nesse caso, não importa se é um alemão, um norte-americano ou um
mexicano: a estrutura do pensamento biológico é igual em todos os casos;
contudo, todos eles, não importa o gênero ou a idade, querem dominar.” P. 230
“Como você leva o código simbólico à
comunicação?
Lembre-se de que o mais importante não
é encontrar o código, e sim tê-lo à mão e poder transmiti-lo e implementá-lo
dentro de sua estratégia de mercado e posicionamento.” P. 237
“Estimulando o subconsciente com o
priming
Priming significa modelagem do
subconsciente. É uma técnica que busca tirar informação do subconsciente com
relação ao significado das coisas. Ou seja, toda palavra tem um significado. Se
digo, por exemplo, xampu, seu cérebro relacionará o termo imediatamente com
água, chuveiro, uma mulher bonita ou cabelo comprido. Isso é inconsciente
coletivo, pois provavelmente todos nós, ou uma grande maioria, relacionamos
esses conceitos de forma simultânea.” P. 238
“Levando o código a uma metáfora
Você deve lembrar que o cérebro pensa
em metáforas. Portanto, na medida em que você puder dominar o código e
transmiti-lo metaforicamente ao cérebro, a mente se convencerá com a mensagem.”
O
autor traz um exemplo de telefonia celular. Ele indica que pesquisa corpo a
corpo com consumidores para identificar o que significa a telefonia celular na
mente das pessoas e o que remete de sentimentos. Desta forma, identifica-se
elementos que se conectem com essa expectativa, levando de volta à mente com
mensagens indiretas. A seguir, partes do exemplo que Klaric descreve da página 243
a 248.
“Quando você entra no subconsciente
das pessoas, consegue descobrir que a categoria “telefonia celular” significa,
na grande maioria das cabeças subconscientes de muitas culturas e mercados:
liberdade, possibilidade, ausência de limites e grandeza.” P. 243
“Quando tiver esses elementos, deve se
fazer a seguinte pergunta: como transfiro o código a uma metáfora? Simples:
apague a imagem do telefone celular e fique com os valores evocados para obter
a metáfora.” P. 243
“Nesse caso, um balão aerostático é a
melhor metáfora. Se digo balão aerostático, é possível que você pense nas
seguintes palavras: grandeza, liberdade, cores, possibilidades, ausência de
limites e altura.” P. 244
Da
página 248 a 215, Klaric exemplifica a aplicação do código em uma embalagem
usando o caso de uma marca de ração de cachorro. O estudo iniciou descobrindo
que os mascotes são integrantes das famílias, ultrapassam o papel de cachorro,
gato etc. Por isso, as pessoas ao comprarem comida para cachorro ou gato sentem-se
culpadas. Portanto, a marca precisa procurar não vender ração e, sim, dissipar
a culpa e persuadir as pessoas a comprar a ração da marca.
“Lembre-se: a mente humana pensa em
estruturas, não necessariamente em conteúdos, pois as estruturas são mais
poderosas que os próprios conteúdos. Se mantivermos a estrutura e substituirmos
os conteúdos, podemos conseguir que, inconscientemente, as pessoas pensem em
comida humana em vez de em comida para cachorro." P. 251
“Minha recomendação, por fim, é:
sempre considere os três “is”: investigação, inovação e implementação.” P. 252
“Se você ficar atento ao mundo da
codificação subconsciente simbólica, não precisará fazer muitas coisas. Os códigos
estão no cotidiano, mas codificados de forma subconsciente.” P. 252
Referência: KLARIC, Jürgen. Estamos Cegos. Tradução Yolanda Marcelli, São Paulo: Planeta, 2012.
Referência: KLARIC, Jürgen. Estamos Cegos. Tradução Yolanda Marcelli, São Paulo: Planeta, 2012.
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