segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Basta estar atento...

O artigo ~~copiado e colado~~ é realmente muito válido para se deixar guardadinho nessa minha gaveta eletrônica. Se ainda não leste algo sobre as impressoras 3D ou procura por alguma segunda opinião sobre o futuro próximo dos nossos mercados valerá o investimento do tempo!

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Adeus mercado velho, feliz marketing novo!
Como a tecnologia vai mudar como você fez e faz marketing até hoje. Essas três frentes tecnológicas vão modificar e muito as práticas de marketing no que se refere a produto, preço, distribuição e comunicação. Produtos vão ser a base de silicone, as vendas serão de projetos, os preços negociados pessoalmente, a customização não será mais de massa muito menos a comunicação. Você esta preparado? Então vamos lá.

Segundo uma pesquisa do jornal americano The New York Times com seus leitores para prever acontecimentos tecnológicos, a impressora 3D chegará para o consumidor por volta de 2015. Acredito que seja cedo, mas de 2025, 10 anos depois, não passa. Sabe o que isso significa? Que os produtos terão cada vez mais silicone na sua composição, que é o material das impressões em 3D. Que as fábricas aos poucos, e num processo irreversível, que iniciaram como indústrias, passaram para montadoras e fizeram outsourcing, vão apenas vender projetos. Existirão simplesmente escritórios de ideias que serão vendidas por internet para o consumidor, que por sua vez comprará tal projeto ou ainda o modificará conforme suas necessidades. Depois é só apertar o botão “imprimir”.

Segundo o site da Home@fab, um projeto open-source mass-colaboration mostra que esse dispositivo de fabricação pessoal vai permitir que se façam projetos on-demand, desde um brinquedo e até, imagine só, a sua refeição. A revolução digital hoje permite qualquer pessoa, comprar e vender virtualmente, mas a próxima etapa pula a distribuição como é feita hoje, porque a cadeia é composta de apenas um sujeito, um projeto que ele tenha criado e um dispositivo nas mãos do consumidor. Eu compro o seu projeto, encomendo matérias primas (cadeia de suprimentos salva, ufa!), mudo o que quiser e imprimo. Simples assim.

Quando mostrei numa palestra na universidade para alunos e professores de administração esta fantástica evolução do fabrico de bens, há uns quatro anos, e aventei as possibilidades que estavam por vir, eles se apressaram em dizer: “Ah! Lá vem o Pedro com suas sandices!” Parou para pensar que essa tal HOME FAB pode acabar com a festa do varejo? E os atacadistas vão existir? Se eu tiver a chance de imprimir na minha casa os brinquedos para os meus filhos, objetos para o meu home office e utensílios de cozinha não preciso mais de um ponto de venda para encontrar um bem? A vitrine será meu computador ou o meu iPad.

A tecnologia já permitiu e proporcionou o Big Bang do marketing, que aconteceu primeiro com a explosão da quantidade de produtos, depois veio a explosão da mídia com canais e mais canais de comunicação, ai então e quase concomitante veio o Big Bang da distribuição, o que permitiu encontrar chinelos na padaria e pão no posto de gasolina, uma profusão de locais para comprar qualquer coisa e também houve a explosão do preço que começou com a venda pela internet, com coisas que eram pagas até então, viraram gratuitas e continuam com as vendas coletivas.

Não para por aí, não. Surgiu faz oito anos, no máximo, e está em pleno desenvolvimento o Neuromarketing, que é a pesquisa de mercado feita para vasculhar o cérebro do consumidor e descobrir seus desejos mais profundos e não imaginados nem pelo próprio. Estas pesquisas são feitas com auxilio dos equipamentos de diagnóstico por imagem (fMRI, EEG, PET, MEG) e também eletromiografia, Eye Tracking e novos equipamentos que vêm surgindo para poderem ser usados nos consumidores no ato da compra como o Mynd (um eletroencefalograma wireless). Isso sem contar os equipamentos de biometria que mensuram as reações orgânicas de uma excitação externa como a propaganda ou uma embalagem de um produto, assim como também uma ação de vendas.

A convergência das mídias é o terceiro fenômeno tecnológico, acho que o mais antigo de todos os três, que modifica todo o pensamento de marketing. É na convergência que os meios se fundem e tornam-se móveis. E este movimento, vem na contramão do Big Bang da comunicação, porque novamente vamos juntar tudo num só meio que será um relógio ou um iPad.

A convergência permitirá ainda mais! Que num só meio possamos comunicar a existência de um produto, receber o projeto, ver se o sujeito gostou via um eye-traking online, imprimir o tal bem, customizado ou não, e mensurar a satisfação do consumidor com a interface máquina/cérebro. Fui longe? Não, tudo isso está muito perto de acontecer. Nicolelis, por exemplo, um dos maiores neurocientistas do mundo diz que em 2014, na Copa do mundo no Brasil, através da interface maquina/cérebro, fará alguém que não anda cruzar o campo de futebol e dar o chute inicial do evento.

Dá para imaginar tudo isso!? Se não der, corre, porque esse é um sinal de que você está ficando para trás. Aproveite a virada do ano para dar uma revirada nos seus conceitos e Feliz Marketing Novo em 2012.

*Pedro Camargo, consultor, conferencista e professor de pós-graduação em Neuromarketing e Biologia do Comportamento do Consumidor. Blog: www.biologiadocomportamentodoconsumidor.blogspot.com


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Toda essa aspiração atual e renovada, me fez lembrar do super-ultra-mega-power currículo de Bertrand Noirhomme, destinado e intitulado "Facebook, contrate-me". Ficou curioso? Não?!



Não é tão dificíl ser criativo, basta estar atento. Ao mercado, àquele que você tem como alvo e ao seu produto. E, claro, ao tempero da mistura. Pensando melhor, nem as buscas mais avançadas do Google no lugar de seu cérebro, possibilitaria a execução das tais infinitas combinações até alcançarmos o êxito pleno. A sua marca está atualizando seus meis digitais de comunicação? O seu produto poderia se adequar a esse contexto?

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